O programa Águas de Pernambuco, lançado pelo Governo do Estado na última semana, voltou a ser tema de debates na Alepe. Na reunião plenária desta segunda (21), parlamentares foram à tribuna para elogiar e também criticar a iniciativa, que prevê investimentos de R$ 6,1 bilhões em ações de segurança hídrica e saneamento básico nos próximos anos.
O programa Águas de Pernambuco, lançado pelo Governo do Estado na última semana, voltou a ser tema de debates na Alepe. Na reunião plenária desta segunda (21), parlamentares foram à tribuna para elogiar e também criticar a iniciativa, que prevê investimentos de R$ 6,1 bilhões em ações de segurança hídrica e saneamento básico nos próximos anos.
Entre os deputados que comemoraram o anúncio está Nino de Enoque (PL), que parabenizou a governadora Raquel Lyra pela inclusão da barragem do Engenho Pereira no programa.
O parlamentar afirmou que a população das cidades de Moreno e Jaboatão dos Guararapes (ambas na Região Metropolitana do Recife) luta há mais de dez anos pela retomada da obra, destinada a conter a água das chuvas. “É de grande importância a retomada dessa obra. Hoje, como representante da cidade de Moreno nesta Casa, agradeço à governadora Raquel Lyra pela atitude”, afirmou.
No mesmo sentido, Débora Almeida (PSDB) elogiou o anúncio de investimentos do programa Águas de Pernambuco para o Agreste pernambucano. A deputada destacou a inclusão da barragem de São Bento do Una (Agreste Central) e a implementação da Adutora do Agreste na iniciativa.
“A região do Agreste vai receber cerca de R$ 2 bilhões em investimentos e com certeza a gente vai ver esse problema de termos o maior déficit hídrico do Brasil, na nossa região, ser resolvido”, celebrou.
A deputada Socorro Pimentel (União) expressou entusiasmo com a Adutora de Negreiros, localizada na região do Araripe, e agradeceu à governadora Raquel Lyra pelo olhar sensível às demandas por segurança hídrica. Mas reconheceu que essas obras, embora essenciais, levarão tempo para serem concluídas, enquanto a população do Araripe precisa de água com urgência.
Para enfrentar essa situação imediata, a deputada informou que teve uma reunião com a presidente do Instituto de Pesquisa Agronômica (IPA), Ellen Viégas. Na ocasião, Socorro Pimentel discutiu a ampliação da oferta de poços profundos na região, já que o solo cristalino local exige perfurações mais profundas para se obter água.
A deputada também mencionou seu encontro com o presidente da Compesa, Alex Campos, no qual solicitou o reforço do abastecimento com carros-pipa, especialmente para as áreas rurais dos municípios que compõem o Araripe. Além disso, pediu um maior empenho para regularizar o fornecimento de água na região, que enfrenta uma severa escassez.
“Como representante dessa região, coloco-me aqui para fazer o clamor desse povo e pedir o apoio de todos que fazem parte do governo, para que possamos agir com rapidez”, salientou.
á Diogo Moraes (PSB) levantou pontos críticos sobre o andamento de obras e a eficiência das promessas feitas. Ele criticou a lentidão na conclusão da Adutora do Alto Capibaribe, obra que, segundo o parlamentar, já estava em estado avançado de execução no fim do governo de Paulo Câmara. Essa demora, segundo Moraes, gera descrédito quanto à capacidade de solucionar o problema da água no estado.
“É muito bom chegar aqui na tribuna e dizer: ‘Olha, gente, agora R$ 6 bilhões vão acabar com a sede em Pernambuco’. Mas é melhor acabar com essa conversa, porque o povo vai começar a cobrar, e nós também vamos cobrar. Acho que seria muito mais vantajoso e real para o povo pernambucano concluir as obras que já estão em andamento. Seria muito mais bonito se fosse inaugurada a Adutora do Capibaribe, obra do governo de Paulo Câmara, que está 98% concluída. Talvez seja por isso que não termina, e por isso não acaba com a sede do povo.”
O parlamentar expressou dúvidas em relação às promessas de resolver a crise hídrica rapidamente, com o anúncio de investimentos de R$ 6 bilhões do Programa Águas de Pernambuco. Para ele, a seca “não se resolve com conversas, mas com ações concretas”.
Adalto Santos (PP) relatou que usuários de transporte público em Pernambuco estão reclamando dos constantes casos de violência nos ônibus. De acordo com o parlamentar, ele recebeu o depoimento de um motorista de ônibus relatando que além dos passageiros serem assaltados, os motoristas também são agredidos.
O deputado ressaltou que em setembro deste ano fez uma indicação ao Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, para aumentar a fiscalização dos ônibus, mas não obteve resposta. Ele afirmou que novamente irá oficializar através de um ofício para o secretário e a governadora Raquel Lyra, com o objetivo de aumentar a vigilância e segurança nos transportes.
Além disso, ele criticou a liberação de suspeitos detidos em assaltos nas audiências de custódia. “Essa forma de soltar o meliante na audiência de custódia tem trazido um prejuízo muito grande. Os policiais tem o esforço de prender o meliante, e quando prende, o cidadão é solto. Vou encaminhar um apelo ao presidente do Tribunal de Justiça, para que reveja essa situação”.
O deputado também falou sobre a sua visita ao Hospital do Câncer de Pernambuco, e anunciou o envio de mais de R$ 1 milhão para o local . Adalto Santos ainda agradeceu pela homenagem recebida por enviar ao longo dos anos recursos públicos para a instituição.
Minuto de Silêncio
Os deputados também fizeram um minuto de silêncio pelo falecimento do empresário Alberto Ferreira da Costa, fundador da construtora Rio Ave e provedor do Real Hospital Português.